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The Michelle Obama Podcast: tudo sobre o primeiro episódio oficial

O podcast da Michelle Obama já está a mil. Com vários(as) convidados(as) especiais da sua vida e trajetória profissional, os temas abordados são extremamente importantes e bem colocados. Hoje, vou contar alguns dos insights e informações poderosas do primeiro episódio, de uma conversa entre Michelle e seu marido, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Nesse episódio, o casal fala sobre um relacionamento que pode levar um tempo para se desenrolar e com o qual todas nós estamos constantemente em contato: o relacionamento com nossa comunidade, vizinhança e com o nosso país.

Essa relação pode ser uma fonte de alegria e, em algumas situações, pode provocar questionamentos para os quais nós não encontramos uma resposta pronta. Da mesma forma, isso nos conecta com o nosso lugar no mundo e como nos sentimos em relação a isso. Michelle e seu marido fazem a conexão do passado e do presente, e como suas vidas foram moldadas desde a infância.

Um olhar para a infância, criação e o estilo de vida do passado

O background de Michelle e Barack Obama foi bastante diferente. Michelle vem de uma família de 4 pessoas, um pai realmente presente em casa e todo o núcleo clássico familiar. Por outro lado, seu marido passou por uma criação um tanto diferente.

Ele foi criado por sua mãe, solteira na época, e seus avós. Até que eles se mudaram para a Indonésia, sua mãe se casou novamente e Maya, irmã de Barack, nasceu. E então, ele voltou a morar com seus avós no Hawaii para terminar o ensino médio. Ou seja: não era o mesmo núcleo familiar. O que Obama e Michelle compartilharam foi ter uma mãe e avós que realmente priorizavam seus filhos.

Custo de vida

Muitas famílias economizavam de todas as formas que podiam. Viviam de forma simples e, apenas um membro da família (na maioria das vezes o pai) tinha um emprego que sustentava todos os gastos necessários.

E isso não é uma verdade atualmente. Não tem como acontecer. Os motivos são inúmeros: alto custo do sistema de saúde, salários estagnados e o altíssimo custo de uma universidade para os filhos, por exemplo.

Com isso, começa uma pressão financeira familiar. E você vê todas as instituições que tinham sistemas de suporte apenas diminuindo. Imediatamente mais e mais pessoas começam a pensar nos termos para elas mesmas.

“Eu me dedico a uma carreira. Eu faço dinheiro. E então, se eu for sucedido o suficiente, eu consigo ser auto suficiente para minha família também.” Nesse sentido, esse discurso surge como um desafio que se inicia em uma grande separação entre pessoas e entre níveis econômicos. Juntamente com uma separação entre raças.

Valores humanos

Barack Obama acredita que nossos valores começam com aqueles de quem somos mais próximos. Aprendeu com isso, a dividir o que sua mãe acreditava: que todo mundo merece amor, elogios e suporte.

Olhando para trás, Obama lembra que ele e todos os amigos de infância vinham de lares “quebrados”. Frequentemente, eles precisavam improvisar para continuar indo à escola, ter as refeições do dia e ter um olhar afetuoso de um familiar. O ponto é que, em certas situações, nós que construímos a nossa própria comunidade. Michelle afirma, então: “uma das razões pela qual me apaixonei por você foi porque você sempre foi guiado pelo princípio de que todos nós somos irmãos e irmãs que cuidam uns dos outros.”

Michelle e Barack Obama, 1989
Barack e Michelle Obama. Fonte: The Oprah Magazine

Nesse ínterim, Michelle ressalva que seus valores são aqueles que ela vê como uma obrigação pessoal e nunca são suficientes apenas para ela seja sucedida em algo. Ela precisa tomar conta de todos ao seu redor, principalmente quando estava na escola.

“Você nunca sabe o que está acontecendo com as pessoas. E como resultado, se você tem uma vantagem sobre algo, você não precisa vangloriar-se dela. Você compartilha. Você a alcança e, então, passa para outros.”

Experiências profissionais

Barack Obama era o aluno número 1 de sua turma acadêmica. Ao mesmo tempo, foi o primeiro presidente negro do curso de advocacia em Harvard. E ele afirma que a lição de ouro que ele teve foi de que não importava correr atrás de todo o dinheiro que ele queria. O que ele perseguiu foram credenciais e segurança suficientes para fazer “loucuras” para aquelas comunidades e vizinhanças que precisavam de ajuda; para também entrar na política e tudo isso. Saber que ele tinha caminhado tudo isso era o suficiente para ele sentir que tudo ficaria bem.

Michelle compartilha que, no caso dela, o cenário foi outro. Depois da faculdade, ela quis comprar um carro legal e tudo que as pessoas perseguem acreditando que é sucesso. Ela até participou de um clube do vinho, sem nem tomar vinho ou gostar disso – apenas porque sentia que era a coisa certa a fazer para sua carreira profissional. Porém, ela não conseguia pensar em outras opções já que nas escolas e universidades eles não mostram o mundo, eles apenas mostram as opções de carreiras disponíveis. Logo, Michelle acabou aprendendo, enquanto trabalhava no 47.º andar de uma firma de advocacia luxuosa, que fazer todo aquele dinheiro só trazia solidão.

Ela sempre conta que depois que saiu do mundo corporativo e foi trabalhar com serviço comunitário, adentrando as comunidades de Chicago, vendo as conexões das vizinhanças e sentindo toda aquela vida, ela nunca olhou para trás.

Em conclusão

Por fim, Michelle diz que essa conversa e muitas outras são similares a que você (e eu) temos com as pessoas que amamos. Portanto, pergunte a si mesma: O que você quer realmente fazer sobre tudo isso? Como você responde a essa questão é unicamente você! Claro que também são suas experiências, sua comunidade e vizinhança, mas a chave é o fato de você responder. Passe pelo processo de refletir e chegar a uma resposta que você e pessoas próximas estejam sentindo e daquilo que você tenha esperança para daqui para frente – e é assim que você vai obter um senso melhor do que é a sua comunidade.

E aí migas, querem mais resumos e traduções de podcasts por aqui? E, caso você ainda não conheça o podcast da Michelle, vem ler o artigo da miga Thábata contando mais detalhes dessa produção.

Já morei em Dublin, já visitei Noruega, Finlândia, voltei para o Brasil e descobri que não importa o local que você mora e sim o propósito pelo qual se vive. Professora de inglês e fundadora do projeto @girlsinajourney.

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