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Como produzir conteúdos mais representativos?

Esse post é um presente para o seu calendário editorial, miga! Quer aprender a produzir conteúdos mais representativos? Vem comigo!

Representatividade ou representação?

De antemão, aqui no blog falamos sobre a diferença entre representatividade e representação. A princípio a “confusão” entre ambos os termos é natural. Contudo, miga, é muito importante que você saiba que uma coisa é totalmente diferente da outra.

Mas, a gente vai te ajudar a entender, miga!

Quando você se depara com um comercial, novela, bem como qualquer conteúdo onde apareçam pessoas negras, elas estão ali representando uma população. Em outras palavras, um ou outro sujeito negro, presentes em lugares onde figuram sua imagem, é uma representação. Sabe porque, miga? Eles estão ali, pontualmente, e não mudarão a estrutura interna daquela organização. Fazem parte de um roteiro e uma proposta imagética. 

Contudo, reafirmo aqui que práticas representativas são muito válidas, pois, nesse sentido, criamos imaginários plurais e diversos. Sendo assim, pense sobre o quão transformador é, para uma criança negra, “ver-se” na TV, nos desenhos, assim como em filmes de super-heróis. Ali se forma uma relação muito importante de identificação imediata e a idealização de se imaginar ocupando aquele mesmo lugar um dia. É mágico. 

conteúdos mais representativos
“A representação importa profundamente” / Tradução livre.

Todavia, representatividade é quando vemos dentro das estruturas de poder e decisão pessoas negras que podem realizar mudanças estruturais. Pessoas que estão ali para que outros, como eles, também estejam. Representatividade é para além de representar corpos negros, esporadicamente em produções. Mas é, primeiramente, criar oportunidades para pessoas negras ocupem espaços onde possam decidir, liderar, criar e, nesse sentido, transformar espaços. Tendeu, miga? 

Porque produzir conteúdos mais representativos?

Miga, você, definitivamente, não vai querer perder o melhor da sua empresa: a comunidade. E essa comunidade é diversa, ao passo que parte de lugares diferentes de você e, portanto, tem muito a te ensinar. Às vezes, fica uma impressão de que somos nós quem devemos gerar todos os conteúdos, entretanto, eu tenho a sensação de que os melhores insights vêm da comunidade que nos acompanha.

É da mesma forma com a Moving, pois, em algum momento, percebemos que o nosso conteúdo deveria conter as subjetividades das nossas migas. Vou citar dois exemplos: as Moving Moms e Moving Black Girls

Além de incluirmos conteúdos mais representativos, voltados para mães empreendedoras (construídos por mães empreendedoras), a pauta racial também virou uma das prioridades da marca e conta com um time de mulheres negras construindo esse projeto. 

Devo fazer isso só para “agradar” a minha comunidade?

Vixi, miga, nunca! Se meta, primeiramente, no que você realmente dá conta e acredita de fato. 

Aqui acreditamos que TODAS as mulheres podem construir suas próprias histórias. Desse modo ao afirmarmos isso, nos comprometemos a gerar identificação, pertencimento e conteúdo para qualquer mulher que decide conquistar a própria liberdade empreendendo. 

O lance é você pegar, da mesma forma, o objetivo do seu negócio e não traí-lo, mesmo que isso te faça mudar o percurso do que você havia traçado.

Os benefícios de fazer conteúdo com mais diversidade

Entretanto, se você ainda não se convenceu de que essa é uma chance real de gerar conteúdos mais representativos, com identidade e, além disso, identificação, aqui vão outros três grandes benefícios:

  1. Tu vira referência, miga: Pouquíssimas pessoas querem explorar as inúmeras possibilidades de construir um conteúdo mais diverso. Porém, miga, PARA TUDO, p*rra! Você não pode montar um trono virtual onde só a sua opinião e vivência importa. Seja visionária e divide esse palco aí;
  2. Você aprende diariamente: conhece novas pessoas, troca colaborações incríveis e, desse modo, acessa novos nichos. Eu vejo muito isso acontecer aqui no blog. As redatoras da Moving trazem percepções que eu nunca vivi e ampliam demais o campo de visão umas das outras. Por mais autoridade que você seja, as pessoas possuem outro corre e se combinar direitinho todo mundo pode se ajudar;
  3. Você gera confiança: e transforma o seu trampo num espaço mais seguro de consumir e estar. Sua comunidade vai se envolver e compartilhar as próprias histórias contigo. E nesse mundo digital, interação e troca é tudo o que a sua empresa precisa!

Convencida? Segura a missão:

  • Encontre a diversidade em seu nicho (e na sua comunidade): vale conversar nos stories, fazer perguntas, ver o perfil de quem te segue, quais os posts com mais interação. Além disso, vale um post dizendo que você está mudando a forma como enxerga o mundo. Em outras palavras, vale um diálogo sincero, miga! Se permita ser vulnerável. Consequentemente, aumente o seu campo de referência, procurando por outros nomes fortes na sua área. Ótimo lugar para isso é o LinkedIn
  • Registrando seus processos de aprendizado: Enquanto busca os nomes, registre o processo. Mostre seus achados para sua comunidade. Compartilhe algo/alguém que você descobriu. Todo mundo ama novidade e você estimulará as pessoas a olharem, contigo, os novos horizontes.
  • Continue estudando: Criar conteúdo, seja qual for, é exercício diário de estudo. Isso não difere quando queremos incluir a diversidade. Só postar no calendário sazonal não é suficiente, ok? Dentro de qualquer pauta existirão inúmeros pontos de partida. Você pode até não concordar com todos, mas precisará respeitá-los e, ao seu modo, difundi-los.
  • Reveze o palco: Fazendo colaborações e deixando que outras falem. Fortalecer outra miga é tudo! Ainda sim, se puder, contrate: chame a diversidade para trampar com você, miga. Aí eu vi negócio!
conteúdos mais representativos

Se comprometa com a dominação mundial

E cada miga tem, na dominação, um objetivo pessoal. Apesar disso, ninguém pode se excluir ou silenciar a outra no caminho. Crescer juntas é a meta, pois empreendedorismo feminino não se faz sozinha. 

representatividade feminina

Partiu, miga?

Trazendo algumas reflexões para você repensar o empreendedorismo negro e suas práticas antirracistas. Mas, fica tranquila, miga... Eu também vou te ajudar nessa missão!

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