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A influência da ansiedade sobre os hábitos alimentares

“Preciso te falar uma coisinha, mas depois eu conto!”. Esse é o tipo de frase que te deixa louca de ansiedade? Você se identifica com isso, miga? Nessa correria de empreender, dar conta de vários b.os e lutar pela dominação mundial é basicamente normal se considerar ansiosa, né? Então, pensando nisso, vamos falar sobre a influência da ansiedade sobre os hábitos alimentares?

ansiedade

What the f*ck is ansiedade?

A ansiedade pode acometer várias pessoas, principalmente por conta da rotina turbulenta em que vivemos atualmente. E além de interferir no seu sono e no seu humor, ela ainda pode influenciar nos seus hábitos alimentares. Quem nunca falou “ah, eu não estou com fome! Vou comer esse chocolate porque tô estressada e MEREÇO isso”? É tipo uma recompensa, né?

Como funciona esse lance de ansiedade então?

Falando em contexto fisiológico, isto é, sobre o que acontece dentro do nosso corpo, ela reduz os níveis de serotonina no cérebro, hormônio responsável pela sensação de bem-estar. E então você pensa “tá, e aí?”.

Bom, normalmente quais são suas vontades em momentos de ansiedade? Chocolates ou outros doces, massas ou frituras entram na sua lista, né? É, eu tô ligada! Isso acontece porque o consumo de alimentos com alto teor de açúcar e/ou gordura estimulam a liberação justamente a bendita serotonina, causando assim a sensação imediata de bem estar. Por isso bate aquele relaxamento, sabe?

fome e ansiedade

Porém, o grande problema é que essa sensação é passageira e logo após todos os sintomas de ansiedade voltam a surgir. Este momento também pode vir acompanhado de sentimentos como culpa ou frustração. Além disso, como a ansiedade normalmente está interligada ao estresse, você também libera este hormônio específico, chamado cortisol. Ele contribui para o aumento da fome e o aumento da capacidade de armazenar gordura nas suas células.

Em outras palavras, pensando a longo prazo, tais mudanças fisiológicas e comportamentais podem trazer várias consequências. Dentre delas, aumento de peso e maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Enfim, a qualidade de vida entra em um looping bem bad.

E o comportamento alimentar entra nessa história?

Sim! Os alimentos não possuem apenas a função de nutrir o corpo. Comer representa o social, o cultural, o afetivo dentro de nós. Contudo, o fato de você tentar suprir outra “área” que não seja a nutrição com o alimento possui sim uma explicação.

Desde bebê você associa emoção e sentimento com a comida. Quando você era pequenininha e chorava, a sua mãe provavelmente oferecia o leite, certo? Porém, o choro pode significar várias coisas. Frio, calor, dor, etc., mas o que sempre falam quando um bebê chora? “Dá o peito/mamadeira!”, como forma de sanar o sentimento desconfortável. E assim a comida se torna uma válvula de escape para lidar com situações desagradáveis e frustrantes. E o pior é que isso vai se prolongando ao longo da vida.

Alimento é mais do que apenas nutrir

Viu como você come além da fome física? Nossa relação com a comida não é tão simples e lógica como todo mundo imagina. Vai muito além!

E muitas vezes você acaba entrando em conflito por conta disso. E por quê? Porque o lado subconsciente quer suprir carências e compensar emoções enquanto o lado consciente, quer, por exemplo, perder peso. Mas lembre-se: o subconsciente possui MUITA influência. Você já passou por isso, miga?

Por fim, um conselho: se você se identificou com este texto, sugiro que busque uma ajuda profissional. E não somente um nutricionista da área comportamental, mas um psicólogo também. Entender emoções, sentimentos e suas influências sobre o funcionamento do corpo e sobre os hábitos alimentares é mega importante para estabelecer a paz entre o seu consciente e o seu subconsciente. Assim conquistará o equilíbrio entre eles.

Nutricionista, anti-dietas da moda e debochada. Me especializei em nutrição comportamental e esportiva com foco em qualidade de vida e desenvolvi um formato de atendimento humanizado com o intuito de ajudar pessoas a conquistarem autonomia sobre a alimentação de forma amigável, leve e sem restrições. Defensora de corpos livres de padrões estéticos.

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